São Paulo

Washington cita falta de apoio, admite propostas e pode deixar o São Paulo

Decisivo na reta final do Campeonato Brasileiro e maior artilheiro de uma temporada após Luis Fabiano deixar o São Paulo, Washington pode disputar no domingo a sua última partida com a camisa tricolor. O contrato do centroavante se encerra em dezembro, e ele admite chances de retornar ao exterior.

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  Mesmo vaiado e no banco de reservas em algumas partidas, Washington anotou 29 gols

Criticado pela torcida durante a temporada, o centroavante lamentou a falta de apoio. Mesmo vaiado e no banco de reservas em algumas partidas, anotou 29 gols. Assim, superou os 27 que Grafite fez em 2004, e fica atrás de Luis Fabiano, que marcou 46 em 2003.

"Se sair, saio de cabeça erguida, assim como em todos os outros clubes por onde passei. Foi um ano de altos e baixos. Se tivesse um ano melhor, com um apoio maior, uma confiança maior, esses números estariam melhores", comentou o veterano de 34 anos, na manhã desta quinta-feira, após treino no CT da Barra Funda.

"O que vai ficar mais marcado para mim foi quando perdi um gol contra o Vitória e a torcida toda gritou meu nome. Se acontecesse isso antes, quem sabe eu teria essa confiança e poderia mudar a história", acrescentou, em relação às críticas de boa parte dos torcedores.

Washington informou que seu futuro será definido a partir da semana que vem, depois do encerramento do Nacional.

Questionado se existe a possibilidade de deixar o futebol brasileiro, respondeu: "Existe e é real. De repente pode não ser [proposta] da Europa, mas tem com certeza. Só que não estou me envolvendo nessa situação agora. Vou esperar terminar o campeonato para ajudar o máximo a colocar o São Paulo no topo."

Domingo, a partir das 17 horas, a equipe do técnico Ricardo Gomes recebe o Sport no Morumbi e precisa vencer e torcer por tropeços de Flamengo, Internacional e Palmeiras para levantar a taça.

Há alguns meses, a diretoria não planejava renovar o vínculo do artilheiro, devido ao alto salário que ele recebe e à postura da torcida. Houve um revezamento no ataque com Borges, e Washington sequer figurava entre os titulares.

Agora, já teria ocorrido uma conversa dos cartolas com o empresário Gilmar Rinaldi com o objetivo de selar um novo acordo. "Para ser sincero, não sei. Se teve o contato, não fiquei sabendo. Não quero conversar agora. Na segunda-feira, podemos sentar e conversar até por umas três horas, mas só depois que acabar o campeonato", revelou o camisa 9.